A dor de cabeça é um sintoma familiar à maioria das pessoas. Pode surgir após um dia estressante, noites mal dormidas ou períodos de tensão muscular. Porém, nem sempre se trata de algo simples ou passageiro. Em alguns casos, essa dor pode ser o indicativo de um problema mais sério — e saber diferenciar os tipos de cefaleia é essencial para evitar complicações.
O Instituto Landim, referência no tratamento de dores crônicas e complexas, alerta para a importância de reconhecer quando a cefaleia deixa de ser apenas um incômodo e passa a representar um risco à saúde. Isso envolve compreender os diferentes tipos de dor de cabeça, os sinais de alerta (red flags) e as possíveis causas secundárias.
Tipos de cefaleia: primária ou secundária?
De forma geral, a dor de cabeça pode ser classificada em dois grandes grupos: cefaleias primárias e cefaleias secundárias.
As cefaleias primárias incluem condições como enxaqueca e cefaleia tensional, que não estão associadas a doenças mais graves, embora possam ser muito debilitantes. Já as cefaleias secundárias são resultados de outras condições de saúde, como infecções, alterações vasculares, tumores, entre outras. Essas sim, exigem atenção médica imediata.
Sinais de alerta: quando a dor de cabeça não deve ser ignorada
Embora a maioria das dores de cabeça não represente perigo, alguns sinais indicam a necessidade de procurar avaliação médica. Entre os mais importantes, estão:
- Início de dores frequentes após os 50 anos de idade.
- Dor de cabeça muito intensa e repentina, descrita como “a pior da vida”.
- Mudanças no padrão habitual da dor.
- Presença de sintomas adicionais, como confusão mental, visão embaçada, vômitos, perda de consciência ou febre.
- Dores desencadeadas por esforço físico, relações sexuais ou após trauma craniano.
- Cefaleias que interrompem o sono ou surgem durante a madrugada.
- Histórico de doenças como câncer ou distúrbios neurológicos.
Dores persistentes que não respondem a analgésicos comuns também devem ser investigadas.
Como o médico avalia a cefaleia?
Ao procurar atendimento, o médico faz uma análise detalhada dos sintomas, levando em consideração características como localização, intensidade, frequência e fatores agravantes ou de alívio. Também são avaliados sinais neurológicos que podem indicar alterações mais graves no sistema nervoso.
Essa investigação inicial permite ao especialista distinguir entre uma cefaleia primária e secundária, direcionando a conduta para exames específicos, se necessário.
Exames que podem ser solicitados
A depender da suspeita clínica, alguns exames podem ser solicitados para esclarecer o diagnóstico:
- Tomografia Computadorizada (TC): avalia sangramentos, fraturas ou lesões estruturais.
- Ressonância Magnética (RM): fornece imagens detalhadas do cérebro.
- Punção Lombar: analisa o líquido cefalorraquidiano, especialmente em suspeitas de meningite.
- Angiografias (Angio-TC ou Angio-RM): avaliam a integridade dos vasos sanguíneos cerebrais.
- Eletroencefalograma (EEG): útil em casos com suspeita de crises convulsivas.
- Exames laboratoriais: investigam inflamações, infecções ou alterações metabólicas.
Possíveis causas de cefaleia secundária
Em alguns casos, a dor de cabeça pode estar relacionada a condições mais complexas, como:
- Aneurisma cerebral: dilatação arterial que, se romper, pode causar dor súbita e grave.
- Tumor cerebral: causa dor progressiva e resistente a medicamentos.
- Nevralgia do trigêmeo: provoca dor intensa e em choque no rosto.
- Trombose venosa cerebral: obstrução de veias cerebrais por coágulo.
- Hematomas intracranianos: associados a traumas.
- Hipertensão intracraniana: pressão elevada no cérebro.
- Malformações cerebrais: como a de Chiari, que pressiona a região da nuca.
- Meningite: infecção das meninges que envolve dor, febre e rigidez de nuca.
- Sinusite aguda: inflamação dos seios da face.
- Glaucoma: aumento da pressão ocular, com dor e alterações visuais.
- Uso abusivo de analgésicos: que paradoxalmente pode provocar cefaleias de rebote.
Tratamento: cada caso é único
O tratamento vai depender da origem da cefaleia. No caso das cefaleias primárias, podem ser utilizados analgésicos comuns, medicamentos específicos para enxaqueca (como triptanos), relaxantes musculares e medidas preventivas, como mudança no estilo de vida e uso de medicamentos profiláticos.
Já nas cefaleias secundárias, o foco é tratar a causa de base. Isso pode envolver antibióticos, cirurgia, suspensão de medicamentos ou outras condutas definidas conforme o diagnóstico.
Cuidado contínuo: quando procurar ajuda
Dor de cabeça frequente, intensa ou com características atípicas deve sempre ser avaliada. Diagnosticar precocemente o tipo de cefaleia pode evitar complicações graves e garantir o tratamento mais adequado.
O Instituto Landim conta com uma equipe especializada na investigação e tratamento de dores crônicas, incluindo as cefaleias mais complexas. O cuidado vai além do sintoma: envolve escuta ativa, tecnologia de ponta e abordagem multidisciplinar para recuperar o bem-estar do paciente.


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